quinta-feira, 2 de abril de 2009

Uma vergonha para o futuro do país





Estudantes da Faculdade Estácio de Sá (Prado), não podem reclamar do comércio que se encontra em volta do campus. Só lanchonetes, existem no mínimo três e algumas vendem até bebidas alcoólicas. Como não existem leis contra a venda de bebidas alcoólicas em portas de faculdades, fica a critério dos próprios estudantes, optar por assistir as aulas ou ir pára o boteco.


De acordo com a professora universitária, Mônica Pires, “É complicado, pois as aulas de sexta à noite ficam comprometidas devido ao alto índice de faltas entre os alunos, que preferem começar o final de semana mais cedo”.


Em relação aos alunos, tudo é festa. Aluno do 1º período de jornalismo, Daniel de Souza, 40, não se preocupa com as faltas. Ele diz que, “vale mais curtir um pouco a vida do que perder o tempo assistindo vídeos ou escutando uma aula chata”.


Para os proprietários dos estabelecimentos, pessoas com esse tipo de pensamento é que dão o lucro tão esperado no final do mês.


Segundo Paulo de Souza, proprietário do Bar do Paulão, “É necessário ter jogo de cintura para ganhar dinheiro por aqui. Durante o dia o meu forte são lanches e almoços, e quem me dá lucro é a Polícia Militar. Em compensação, à noite tenho uma saída de bebidas alcoólicas que ultrapassa até as vendas de finais de semana. Mesmo porque nos finais de semana, feriados e férias, são épocas em que não existem alunos e a minha clientela se resume aos moradores do bairro. O que não é a mesma coisa”.


Érica Raquel, 6º período de publicidade, diz que não falta um dia ao boteco e que o dinheiro que sobra do seu salário é reservado para tomar cerveja.


Ainda de acordo com alunos, “vale tomar umas para relaxar, nem que seja nos intervalos e que o dinheiro gasto no curso, ainda que mal feito, vem sendo bem empregado”.




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